Qual
fronteira existe na arte de amar? A única fronteira que existe pro amor é
aquela quando negamos o que sentimos. O mau do mundo de hoje, em relação a
amar, é que as pessoas perderam a noção de fidelização, de realmente ansiar a
presença um do outro loucamente. As pessoas querem sexo, objetos, mas não amar.
Vejo em meu trabalho o quanto os homens acham lindo trair suas mulheres, até
aqueles que eu admirava por tamanhos valores traem. Outrora, vejo dentro das
mulheres um prazer por assistir novela e observar o corpo masculino. Em meio a
tudo isso, nasce um novo tipo de amor. Antigo e polemico, sujo e quente, livre
e certo, vibrante e errante. Pessoas passaram a amar aquilo que elas têm, e, de
juntos terem de vencer o mundo tendem a amar mais, a gostar mais, a dedicar
mais, a respeitar mais, a interagir mais. Foda-se a religião nesse momento, mas
quem nunca observou o quão lindo é aquele casalzinho de meninas num canto de
shopping conversando entre si, e trocando poucas caricias (que são poucas por
medo). O lindo não é o fato de serem mulheres, ou de trocarem caricias, o lindo
é o fato de haver ali amor capaz de superar olhares, medos, criticas, o amor
capaz de vencer. É lindo também quando saio do shopping e vejo meninos
declarando amor para meninas, mas aquilo ali,
é uma questão de ser aquilo ali, daquele momento. Dali em diante nada se
assegura até a próxima vez, porque as pessoas “normais” não mais querem se
fidelizar. E em meio a esse mundo grosseiro, “heterossexualista”, vou vendo que ainda existe uma bandeira branca
hasteada para a as novas formas de amor, e ainda bem que, a nova geração cresce
em meio a diferença, vai fazendo e aceitando as diferenças, sendo assim capazes
de julgar se tem ou não o direito de viver um conto de fadas com apenas
Julietas ou Romeus.
-Daniel Lucas
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