e lá vamos nós

Não sei se existe essa coisa de viver a perfeição, essa coisa de estar seguro e de planejar o ideal. Em mim existe uma preocupação com a verdade, com o que eu necessito (ou fantasio a mim necessitar), uma preocupação com o bem, uma preocupação que vem logo em seguida das expectativas. Parei de falar de amor pois estou decepcionado com os conceitos de amar, e já não mais falo de dor, pois os tempos não permite que soframos. Tenho experimentado sensações bem diferentes nos últimos dias, e por mais que pareça natural, não tem sido. Tenho atropelado as coisas, vou amontoando tudo num canto e lembrando apenas da positividade e mais uma vez, a pergunta sem resposta vem: “quem sou eu?”. Não quero responder essa pergunta nunca, mas ela existe e não consigo parar de me perguntar. Tem sido mais fácil buscar alternativas mais comuns para me descrever, mas é impossível. Vou deixando e vivendo tudo. Estou deixando tudo para trás muito facilmente e a fonte de coisas que possam me encher vai esgotando. Não vou tendo animo para me reinventar e sinto como se as piadas fossem as mesmas, os mesmos sorrisos, os mesmos motivos, as mesmas consequências, o mesmo saco de sempre, tudo igual, igual, igual. Me acorrentei em soluções momentâneas achando que seria efetivo para sempre. Como nos analgésicos, e pílulas, depois de tomar várias vezes, minhas soluções perderam a validade. Mas será diferente. Posso sentir. Tenho a necessidade de ampliar meu mundinho e de colorir minhas folhas brancas. As coisas não mais serão como foram até hoje. Vou aprender a esperar três dias para baixar o torrent file completo da minha série, e vou chegar nos meus amigos cada dia melhor. Vou ouvir as críticas e interpreta-las como dicas de um bom personal. Vou purificar minha alma, e ajudar as pessoas a serem si mesmas. E quando, chegar o meu dia de vencer, vou colocar alguém no meu pescoço para levantar a taça, não quero nunca perder o meu posto de humilde sobre a Terra.