Não sei quem criou essa coisa de distância. me dizem que ninguém criou, as pessoas acordaram um dia e as coisas estavam assim: distantes. A distancia serve para ensinar, serve para distanciar, para revelar, para ocultar, para lembrar, para esquecer, para mudar, para transformar, para sofrer, para unir, para separar, para matar, para começar, para terminar, para recomeçar, para quebrar, para consertar, para viver, para levar, para destruir, para construir [...] Não queria, nem quero, ser vitima da distância. Ela é intrometida, leva a vida te separando de quem devia estar aqui, perto, lado a lado, baah. Do que adianta o meu amar profundo, o meu gostar, o meu estranho gesto de amar, se existe a distância para me atrapalhar, me confundir, para me fazer desconfiar, para quebrar as prioridades. A distancia leva com si, os pedaços de outros que pertenciam a você, e como machucado sem cicatriz, arde toda a vez que bate um ventinho, ou cai água, enfim, a distância doí. Ela faz com que amigos virem colegas, colegas virem estranhos e faz com que estranhos nunca se conheçam. Dizem que os meios de comunicação compensam a distância, talvez sim, talvez não. A saudade de um sotaque, um abraço, uma encostada de braço, um choque ao passar perto de uma rede de alta tensão, um banho de chuva, uma discussão de um livro, de algo qualquer. A distância mata . E, ela está perto de começar a me matar. Mais alguns dias e puff. Digo uma coisa jovem: Reme para o caminho que a distância quer te levar para longe dele.
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