quarta-feira, 21 de maio de 2014

21/05/2014 21:27

"Quanto mais parece que o tempo passa, mais confuso ficam as coisas.  Ou sou eu quem as deixam confusas. Faltando um mês para o estrelato dos 18 anos, eu sei menos de mim do que nunca. Coisas que ficaram para trás agora deixam vazio na estante, frases ditas querem virar filosofias, amigos abandonados me fazem acordar de madrugada com pânico e meus amores desistidos, me fazem arder em febre.
Não me reencontrei, não sei quem sou, nem o que eu quero. Antes, eu torcia para todos me perguntarem o que eu pretendia estudar na faculdade; hoje, eu corro das pessoas que possam me fazer essa pergunta, e quando a fazem, respondo o que viver primeira: ora matemática, ora jornalismo, ora letras.
Os papeis na parede do quarto já parecem gastos e há três semanas não assisto um episódio se quer de alguma série. Não tenho uma religião, e sinto estar sendo ingrato com Deus. Mal tenho falado com meus amigos, e me arrisquei demais ao improvável. Não tenho mais vontade de comprar, e leio, muito mal, 10 páginas por dia. Não conheci esse mês cantores novos, e ouvi música japonesa uma vez só. Me sinto sem forças. .
Porque essa confusão? Será que eu penso demais, falo demais?

Mas lá no fundo, eu sei que isso vai passar. Assim como as febres, as infecções isso vai passar, mesmo porque, tudo é como queremos enxergar."

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