Me pergunto algumas vezes se estou errado no modo como eu
vejo e defendo a liberdade. Nesses últimos dias, os princípios anti-libertários
têm me sufocado.
Acredito na liberdade de todos, acredito na igualdade de
sexo, raça e opções. Defendo e luto por um mundo onde todos possam ser livres
sem sofrer por isso.
Considero importante a liberdade, pois ela estabelece uma
vida infinita ao homem.
Quando assisto a um documentário sobre guerras, ou vejo um
país cujo regime limita a população de fazer aquilo que querem, me sinto
sufocado. E nessa onda, admito: Eu odeio Hitler.
Em meus ideários de empatia de amor incondicional ao
próximo, sinto uma agonia enorme quando Bolsonaro vai a TV, e declara, entrelinhas,
que a homofobia e a opressão social devam ser um sentimento nacionalista.
Mais do que isso, penso que deviam ensinar as pessoas a
respeitar umas as outras, deviam colocar na cabeça de um usuário de drogas que
se ele quer se viciar, ele deve trabalhar para manter o vício, e também, falar
para as pessoas, que o usuário de drogas ali, amanhã pode ser qualquer um de
nós.
Deviam também explicar aos pais, quando pensam em ter
filhos, que filho é uma coisa nova, é uma nova vida que nasce, é um novo “ele”,
que de certa forma pode ser ingrata, e querer viver do modo oposto ao certo, ou
que se julga certo, mas mesmo assim, ele compadece de amor, carinho e acima de
tudo: é um ser humano, e precisa ser livre.
Ah, e avisem aos militares e traficantes que eles não podem
matar. Nisso, eles são iguais.
Não sei o que é preciso para sermos um mundo melhor. Não
consigo achar solução melhor do que liberdade
a todos.
Será pedir demais que ouçamos a Cristo que pediu para
amarmos uns aos outros como a nós mesmos? Que não ouçamos ele como religiosos,
mas como ser-humano e como líder grandioso que foi.
Não existem motivos para julgar alguém. Não somos melhores.
Não somos donos das pessoas para bater nelas, ou prende-las,
ou mata-las, ou escraviza-las. E se hoje, existem quem assim fazem é porque
esquecemos de falar de uma coisa no café da manhã ou na roda de amigos: o amor.
Se falássemos do amor como ele merece e precisa ser falado,
não teríamos nada disso.
Só é preciso que aprendemos a amar. Se soubermos amar, não
vamos roubar, nem ser roubados, nem matar, ou sermos mortos, nem invejar, ou
ser invejados. Não precisará de cadeias, e os médicos vão atender bem seus
pacientes.
Os presidentes irão juntos a Inglaterra tomar chá com a Rainha,
e ouvir uma boa história, uma vez por semana, porque, se amassemos de verdade,
ela seria a rainha do amor.
Se soubéssemos o que é amar, todos iriam querer trabalhar, e
as casas estariam vazias no domingo, porque, todos fariam um grande café da
manhã coletivo.
Isso são meus sonhos. E agora, ao lembrar da realidade, o único
motivo para as pessoas se reunirem no domingo é para fazer manifestações. Se
houvesse amor, isso não seria necessário.
Só é preciso aprendermos a amar.
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