sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

"Donde Estás amor..."

Nesse tempo do computador e do telefone na mão o tempo, nesses dias de ambições imensuráveis fico me perguntando onde estão as regras de convivência que papai e mamãe tanto tentavam ensinar. Eu fico na minha, observando, mas achando degradante essa coisa dos insultos infantis. Sabe aquela coisa da pessoa te dever e de repente você não presta, é insensível, não compreende, estressado, e aí, o valor que você teve todo para ela até ontem, sai todo pela culatra. Ou nem havia valor?

Fico pensando nessa onda de egocentrismo exacerbado que toma conta das pessoas e parece impedir que elas admitam seus erros e faz com que se auto denominem melhores. Parece uma legião de Hitler com outra forma de cometer violência.

Nesses dias de indiferença e infantilidade fora do comum, nessas situações da vida meio “Tia, ela puxou meu cabelo”. Fico pensando nos campos de plantio da vida, e vejo uns, como o de Marcelo, mal acaba de concluir seu curso de Linguista, já foi aprovado no mestrado, enquanto enxergo outros, o campo é verde até, de tanta erva daninha que nasceu.

Não afirmo ser culpa dos pais ausentes, ou das mães protetoras. Talvez seja um desvio. Genético. Mas, olhando em volta, enxergando tanto o mesmo comportamento quase que padronizado na sociedade fico assustado, e me pergunto se não é a água. Aos menos sejam responsáveis pelos seus atos.

A inconsequência e a indiferença juntas roem as relações. Juntas se tornam determinantes num caráter totalmente focado em si, sem preocupar com o próximo. Mas se o nosso instinto social é o que nos une e faz de nós fortes, como poderei viver em sociedade sem me preocupar com o bem estar do próximo? Resultado: empregados em regimes escravos, pais com medo de filhos, a morte como alternativa para a falta de diálogo...


“Tia ela puxou meu cabelo.” “Mãe, ele me chamou de boba”. “Vocês não me entendem, até quando eu estou certo, estou errado.” Só quem preza uma relação sem querer incomodar e trazer problemas sempre aos outros entende a utilidade da maturidade. Que como diz Carol: “maturidade tá igual dinheiro. Ninguém tá ‘tendo’”

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