Nesse
tempo do computador e do telefone na mão o tempo, nesses dias de ambições imensuráveis
fico me perguntando onde estão as regras de convivência que papai e mamãe tanto
tentavam ensinar. Eu fico na minha, observando, mas achando degradante essa
coisa dos insultos infantis. Sabe aquela coisa da pessoa te dever e de repente
você não presta, é insensível, não compreende, estressado, e aí, o valor que você
teve todo para ela até ontem, sai todo pela culatra. Ou nem havia valor?
Fico
pensando nessa onda de egocentrismo exacerbado que toma conta das pessoas e
parece impedir que elas admitam seus erros e faz com que se auto denominem
melhores. Parece uma legião de Hitler com outra forma de cometer violência.
Nesses
dias de indiferença e infantilidade fora do comum, nessas situações da vida
meio “Tia, ela puxou meu cabelo”. Fico pensando nos campos de plantio da vida,
e vejo uns, como o de Marcelo, mal acaba de concluir seu curso de Linguista, já
foi aprovado no mestrado, enquanto enxergo outros, o campo é verde até, de
tanta erva daninha que nasceu.
Não
afirmo ser culpa dos pais ausentes, ou das mães protetoras. Talvez seja um
desvio. Genético. Mas, olhando em volta, enxergando tanto o mesmo comportamento
quase que padronizado na sociedade fico assustado, e me pergunto se não é a água.
Aos menos sejam responsáveis pelos seus atos.
A
inconsequência e a indiferença juntas roem as relações. Juntas se tornam
determinantes num caráter totalmente focado em si, sem preocupar com o próximo.
Mas se o nosso instinto social é o que nos une e faz de nós fortes, como
poderei viver em sociedade sem me preocupar com o bem estar do próximo?
Resultado: empregados em regimes escravos, pais com medo de filhos, a morte
como alternativa para a falta de diálogo...
“Tia
ela puxou meu cabelo.” “Mãe, ele me chamou de boba”. “Vocês não me entendem,
até quando eu estou certo, estou errado.” Só quem preza uma relação sem querer
incomodar e trazer problemas sempre aos outros entende a utilidade da
maturidade. Que como diz Carol: “maturidade tá igual dinheiro. Ninguém tá ‘tendo’”
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