domingo, 1 de fevereiro de 2015

De Hoje

Eu preciso de uma mão para me segurar...
E me esquecer do passado triste,
do presente sem graça,
do futuro sem previsão,
da morte que não chega logo para o jantar.

Preciso de um porto seguro,
para reforçar minhas raízes,
e ser a luz que induzirá a fotossíntese
das minhas folhas.

Alguém para estabilizar o que sinto,
equilibrar os pesos,
matar minhas fraquezas.

Alguém que me levante,
que tope dividir a conta do bar comigo,
comer a metade da pizza que não dou conta,
alguém para dormir no espaço vazio da minha cama.

Eu preciso do amor ao qual me privam,
da luz que minha alma ignora,
da água que meu povo desperdiça,
da paciência que eu não tenho.

da vida que deixo ir embora.

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