domingo, 9 de agosto de 2015

Dia dos pais!

O domingo de hoje acorda com sabor de infância. Aquele cheiro de terra molhada, aquele abraço convidativo pronto para ser dado a alguém, aquele zelo ao falar, todo um dia relembrando flashes de uma vida: é dia dos pais.

Pais que são nossos heróis particulares. Pais que são nossa referência em segurança. Pais que são duros conosco, mas cativam com o sorriso mais harmonioso e pacifico possível. Pais que mesmo em tempos de reforma da estrutura familiar, são referências dentro das casas. Pais, cargo capaz de transformar meninos crescidos em homens de verdade. Pais que em sua maioria ficam na sua, olham as coisas pelos cantos e achamos que não sabem de nada, mas na verdade sabem mais que o suficiente para chegar, puxar a cadeira e falar: “menino, não é por esse caminho.”

Eu gosto desses pais que nunca deixam de investir em seus filhos. Pais que são os maiores bancos que já se pôde existir. Pais que defendem suas crias e por defender não digo passar a mão na cabeça, e sim zelam pela integridade física e moral. Pais que dão um norte na vida, pais que são capazes de andar descalço para calçar seus filhos, e por experiência falar: pais que enfrentam a fome na busca pelo pão-de-cada-dia de seus filhos.

Falo em pais que vão além da figura masculina responsável pela sementinha da fecundação. Falo em pais que são representados por mulheres largadas por seus maridos e dividem o duplo papel de pai e mãe, e fazem isso tão bem, são capazes de amar duas vezes mais, ou três se precisar. Falo em pais que todos os anos brigam na fila de adoções para poderem salvar o mundo de uma criança. Falo dos tios e avôs que fazem papel de pai e zelam pela vida e desenvoltura de seus meninos. Existem por todo o país quem ampare uma criança, que a faça acreditar, quem a segure pelas mãos nos primeiros passos, quem dá aquele confortante, seguro, firme, doce, manso abraço que só um velho pai pode dar. E esses são partes importantes do mundo de milhares de meninos e meninas de 5 anos, 10 anos ou 35 anos: afinal, quem não ama um pai?

Falo com emoção que transborda o peito e faz lacrimejar os olhos: é a melhor coisa do mundo quando algo dá certo na vida, pode ser até descobrir que podemos doar sangue, e temos alguém para ligar e contar as novidades e saber que existe alguém que torce por você mais que todos.

É bom ouvir as histórias desesperadas de meu pai, de quando eu nasci e a casa que já não cabia mais fralda descartável, ele achou pouco e saiu pela noite para comprar dois pacotes reserva. É bom saber que se eu fizer algo errado e imoral, mesmo que haja um castigo físico, os toque haverão de ter mais amor do que qualquer outra porrada da vida.

Pais: seres imperfeitos. Pais: bonitos, feios, brancos, negros, de cabelo liso ou molinha de isqueiro. Pais: que tem carros, não tem nada, caminhões, todo o tipo de transporte possível ou apenas um burro velho. Pais: que por mais amor que demos um dia se despedirão de nós e serão parte de nossas lembranças que dia-a-dia se perderá, se fragmentará. Mas que nunca, por hipótese alguma, deixaremos de amar.


Obrigado Pais. Obrigado Pai. Obrigado a todos os Pais do mundo, que assim como o Djalma é para mim, são heróis para seus filhos, todos os dias, a todo momento. Pais que não abrem mão de seus tesouros mais sagrados. Pais que aprendem dia pós dia novas formas de amar. Obrigado.

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