domingo, 15 de abril de 2018

Tão incerto de mim

Algumas coisas estranhas vêm acontecendo ultimamente, e eu já não falo dos dias que parecem mais curtos ou da sensação de que o mundo pode explodir a qualquer minuto; me refiro a sensação de não conseguir me conectar mais a algumas coisas e que apesar de no fundo estar sentindo uma culpa, me conforto: está tudo bem.

De alguma forma, acredito que estamos todos sem sentindo algum em busca de algum sentido e que nem a soma de todos os afetos seriam capazes de suprir esses buracos que a indiferença dos dias modernos tem deixado, entretanto, quando penso que está tudo bem se eu ficar o dia todo no quarto sem fazer nada grande demais ou comum para a minha idade, fico pensando: está tudo bem mesmo?

Estou bem próximo dos 22 anos e estou percebendo que a vida é mesmo um brinquedo de parque a la montanha russa e que tudo bem se houver a calmaria após as curvas, pois é o tempo de respirar antes que tudo decole e mesmo que você queira pular lá de cima, a gravidade e a sanidade lhe impedem. No fim, fica você fazendo e sendo o melhor que pode naquele dia



Sinto falta da minha criatividade dos dezoito anos. Do ânimo dos treze. Do barulho dos dezenove. Do afeto dos vinte. Estou com saudade de versões de mim que tinham mais a oferecer. Acho que hoje me tornei os que pedem. 

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